domingo, 26 de dezembro de 2010

Ele te ouve como se te entendesse, fala como quem soubesse o que dizer e não diz nada muitas vezes, porque ele entende os silêncios. Ele existe. Você sabe que seriam bons amigos, bons parceiros, bons inimigos, mas você prefere ser a garota dele.
E sabe que serão importantes na história um do outro para sempre, independentemente de tudo que estiver pra acontecer. Porque ele não é só um cara. Você não quer mais só um cara. E ele é tudo que você quer hoje. (...)

(...) Quando ele sorri desarmado, limitado e impotente, para todas as minhas dúvidas, inconstâncias e chatices, eu sei que é daquele sorriso que minha alma precisava.
Ele não faz muito pela minha angústia existencial, até por não saber. E consegue tudo de mim. Consegue até o que ninguém nunca conseguiu: me deixar leve.

(Tati Bernadi)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pense bem pra depois não chorar
Você que vai sofrer, quando se arrepender
Vai querer voltar
Tudo bem o quê que eu posso fazer
Se vai deixar quem te adora
Quem te ama pra valer

Só peço não saia agora
Porque ir embora, se ao meu lado é o seu lugar?
Esfria a cabeça
Eu te amo, não esqueça Adicionar imagem
Se sair por essa porta nunca mais eu vou te perdoar

E vai quebrar a cara
Quando tiver cara a cara com a solidão
Ai o seu coração vai querer voltar pra mim
Vai ver que ainda me ama
Quando se deitar na cama e não me encontrar
Aí vai lembrar foi você quem quis assim
(♫
Hoje, depois de muito tempo, eu resolvi falar com você.
Na verdade não é tanto tempo assim, mas pra quem ama, ou pensa amar, uma semana se torna muito tempo.
O assunto foi bobo, futebol, decidir zuar o seu time.
Mas você sem perder tempo já foi fazendo o que eu torcia tanto pra ser feito, mas de uma maneira diferente.
Você me chamou para sair. De uma forma que parecia que não tinha acontecido nada entre nós, de uma forma que parecia que você não tinha outra, que ainda estavámos juntos. Mas nós não estamos juntos.
Eu, mostrando ser a pessoa forte que eu sei que sou, disse logo que não, que eu não ia mais sair com você.
Mas você não tá nem aê para os meus motivos.. Você com uma impaciência, de como estivesse comprando alguma coisa no supermercado, só teve a dignidade de falar: tá bom então.
Em que momento desses cinco minutos de conversa você mostrou preocupação comigo, com meus sentimentos ? Em que momento desses cinco minutos você fez valer a pena todo esse tempo que eu passei gostando de você ?
Na verdade esses cinco minutos de conversa me fizeram perceber o quanto eu tomei a melhor decisão, a decisão de te esquecer!
E eu que logo após feixar a janela de conversação tava achando que fiz uma grande burrada por ter puxado assunto com você, agora percebo que fiz a coisa certa.
Eu precisava de mais uma prova de que você é quem eu desconfiava que era.
Hoje, eu voltei a lembrar o motivo de eu querer você bem longe de mim. :)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Dúvidas.


Vida complicada essa minha, a única cooisa que me acompanha insistentemente são as dúvidas.
Ele realmete gosta de mim ?
Quero continuar assim ?
Devo esquecer ou não ?
Parto pra outra ou tento mais uma vez ?
Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas...
Quem é capaaz de mostrar qual o caminho a seguir ?
Eu só faço andar, andar e andar, e isto cansa.
Vai chegar um momento que eu não vou mais saber voltar..
E pensar nisso, me deeixaa com mais dúvidas.
Quando tudo isso vai acabar ?

A primeira vez

Você sempre me disse que sua maior mágoa, era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa. Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado. Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, o porque de eu dormir chorando, porque era impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo. Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado, e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado. Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto, mas senti uma coisa linda por dentro do peito. Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo.
Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça.
Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”. Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios isso acontecia com você. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo. Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso. Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você. Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida, e que você é cheio dessas coisas. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você me deixou te olhar, mesmo você não gostando de mim.
E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.

Por: Tati Bernardi

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Lembro-me de quando o universo era apenas nós. Eu costumava saber o que você fazia, aonde você ia e em que você pensava. Hoje é diferente, e você sabe. Costumávamos ser uma só alma, um só ser. E agora? E nosso destino? Eu precisava de você, do mesmo modo que você precisava de mim. Éramos um, sempre eu e você. Eu costumava pensar em você a cada instante, e costumava sentir sua presença mesmo que não estivesse realmente presente. Hoje você não me reconhece mais, passa e não olha, sempre com uma nova companhia. Hoje você não é mais meu, é de ninguém, é de qualquer pessoa. Estragou a sua vida, estragou a minha vida, desandou meu mundo e desmoronou nosso destino. Eu costumava saber aonde você estava. Eu costumava amar você.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

As promessas estão todas aí,

(...) posso escolher aquele que vai me amar incondicionalmente e me colocar num pedestal, que vai tentar encher minha vida de luz e sorrisos e não vai se conformar com minhas meias alegrias. Basta responder um chamado, basta eu dizer sim. Mas tudo que vem fácil, vai difícil. E minhas tentativas de gostar das pessoas já me esgotaram. Não quero começar mais nenhuma relação que eu já conheço o script: eu me encanto, ele se apaixona, eu me esforço pra gostar, ele tenta me conquistar, eu me culpo, ele sofre (...). E a razão vai tomando conta de mim de novo. Como vou tropeçar se sempre calculo meus passos? Como vou me entregar se sempre calculo meus braços? Eu não vejo mais encanto em ninguém, não me iludo por palavras que teriam tudo pra me agradar. Eu quero mesmo é o complicado. E de repente, o complicado se torna fácil. Olhou pra mim, esqueceu a ex, aprendeu a gostar do que eu gosto. Virou só mais um final. Já deu tempo de me apegar, de ficar com medo de terminar. Nessa história toda, o único complicado sou eu.